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  Eu gostaria que a minha alma estivesse mais alimentada de amor íntimo para escrever nesta data.Embora tudo esteja a meu favor, pois o dia está regado a chocolate, estou fertilizada de bom cacau ~rs, que de fato é estimulante e um querido presente para comemorar enlaces. Fruto que nos esquenta as veias tal qual o amor. Ardente e cuidadosamente avassalador, diferente das paixões pueris e envergaduras meramente carnais.Se me expresso é porque amo.  As diversas passagens que fiz entremeando relações me tricotaram numa trama de incertezas e prazeres.A cada toque de pele, ou ausência dele, me ponho a supor que artimanhas peripeciosas estamos dispost@s a realizar para o encontro.Esse constante, contínuo,árduo aprendizado do colidir, expandir, e se afastar para progredir que tudo que gira e se movimenta emana.   De fato, faz pouco tempo que me namoro.Que me ouço com profundidade e respeito minha intuição. A dor até pouco tempo era a linguagem que eu mais compreendia no meu emaranhado de emoç

Normose Medicamentosa

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Ancorei no estágio mais duvidoso e perigoso que poderia imaginar Tomo café, em seguida a pílula Aquela... Que indica minha não normalidade perante a maior parte d@s indivídu@s saudáveis Aquela... Que sinaliza que eu deveria estar estudando, ao invés de endossando minhas contrariações a respeito da efetividade da medicina tradicional Aquela... Que me informa todas as manhãs e noites que o meu organismo está sendo orientado a se acalmar -  no matter what Aquela... Que me reduz a uma cobaia laboratorial tentando rotular sentimentos e encapsulá-los com carinho Não tenho vontade, nem deixo de ter Isso é o outono, a pandemia, ou são as pílulas? Elas são um envio de sinal inorgânico que endossam meus fracassos pessoais a fim de neutralizar meus comportamentos obssessivos Não choro mais, faz tempo que não Nada, não sinto nada É como se nada fosse realmente importante, embora eu sinta amor Antes eu sentia criatividade, desejos Hoje sou um livro em branco de folhas recicladas, vaga

Cinza

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Todas as vezes que eu falo sobre a minha morte, Deus ~minha Mãe~ muda de estação À luz de velas vejo meus liames vitais entrelaçados, escorregadios Elevo-me aos céus e alcanço as órbitas adjacentes de meus mais convexos impulsos Aquelas dilacerantes escolhas que outrora pareciam consertantes Machadianamente, vejo as minhas carnes dissolverem-se no âmago deste planeta multicolorido Dores, pois se mais uma vez Tu fores, ainda mais uma amarei Além da flor que brota e da ave que gorjeia, juntos somos o café da tarde à beira de algum lago triste Ao som do maracá, meu coração leviano encontra rédeas brincantes para engatinhar Onde mergulharia Eu, se meus olhos fossem como os teus? Ao chão, indicam as flores que cada triz de lágrima foi em vão Passo meus dias velando minha própria alma, em paz Aguardando... Descanso Recolho recortes de fracasso  Afim de com esmero produzir bons retalhos Quem sabe uma colcha ornada de meus próprios bugalhos O cinza outonal envolve de mistério meus dias Me exce

Rosa Caveira

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Revelaria eu Tantos afagos de fraternidade Se fossem afins de tais  E rivais querubins Galardearia por mais um raio de sol  Ao rosto daquele troll Que afanou o meu jardim Para quê renovar a ribeira Porque sem mais a eira Brilhosa e cativeira A eterna peleia Vertiginosa sereia Que faz de sua arma certeira A roseira em forma de caveira

Pagão

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Ela chegou como um beijo suave numa anfigúrica cortina de fumaça Desfilou pelo Carnaval, mascarada Velada, como o que não se sabe Deixou para trás a felicidade d´antes fiel ao suposto amor perfeito A que teria direito  Se com o ronronar do pleito Surgisse eleito aquele tão doloso e sem jeito Passado refeito Foi Ele amado com um vilão Não esperava então Ser largado de mão Como um vil cão Exposto a traição Desatado ao chão Eterna e lugubremente vão Senão posso eu tentar um chavão Que me leve ao encontro de salvação Com um Deus Pagão Por favor, apenas estenda a mão

Se Rei A

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A luz de v´Ela Dança Ela Faz que clAMA À beira da chAMA Que balanceia a candeia Tão pulgente quanto clareia A menina que desnorteia O marujo que não conhece a PEIA Quereres vãos  Se tornam sãos Tamanha é a verdade que inunda Quem sabe pareia Com a ginga da sereia  Que samba na areia *PEIA (Processo Espiritual de Intenso Aprendizado) 

Pedaços

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Por aí, me espalho Retalhos Entre cadernos Conceitos, trejeitos Inversos, convexos Direitos, avessos Enlouqueço, se brinco Adereços Na estante repousa o pó De pensamentos à deriva Quem sabe um Nós Sós Para outro amor confabula A bruxa que devora como a gula Receitas Jogando com dragões e quimeras Nas asas de Adnarhu Rarhim Voei por Eras Belas, concretas Ora, vazias e bregas Encharcados, buracos Civilizadamente dizimados Por porções de magias vãs Hoje jazem @s grandes Separad@s de seus Clãs Cada viela percorrida Revela O flamejante sorriso DÉla Engolidora de serpentes Cad´Ela Retine no peito reluzente A que faz do parto eterna nascente Fulmegante mandrágora sombria Aqu´Ela Que do barro cria Os primores de mais um dia Travessia Jamais esqueça Que por trás de toda mesa Impera a arte de sua delicadeza Em cada verso mora A essência que ruboriza, aflora O rosto de cada fantasia desnuda Muda, carnuda, nua Mas não se iluda Se não há quem acuda É dos Céus que vem a ajuda